Mato Grosso do Sul lidera produção de eucalipto
Estado registra a maior produção de madeira para papel e celulose
O Mato Grosso do Sul respondeu pelo maior volume de tora para papel e celulose, produto de maior peso no valor de produção florestal. Com crescimento de 36,2%, o estado produziu 17,5 milhões de metros cúbicos, que representam 18,9% da produção do país. A ampliação da capacidade de processamento do parque industrial local, um dos mais concentrados do mundo na produção de celulose, influenciou na crescente produção de madeira de eucalipto na região, volume esse que mais do que dobrou nos últimos cinco anos.
As informações são da Pesquisa da Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura (Pevs) 2018, que investiga 37 produtos do extrativismo vegetal e sete da silvicultura de todos os municípios brasileiros. A pesquisa traz informações sobre a produção, a variação e a distribuição espacial de produtos madeireiros e não-madeireiros, assim como a participação da extração vegetal e da silvicultura no valor da exploração vegetal. O material de apoio desta divulgação está à direita, nesta página.
É também no Mato Grosso do Sul que se encontram cinco dos dez municípios com maior área de florestas plantadas do país. Os municípios sul mato-grossenses de Três Lagoas e Ribas do Rio Pardo lideram a lista, com 263 mil hectares e 220 mil hectares, respectivamente, seguidos pelo município de Telêmaco Borba, no Paraná, com 165 mil hectares, todos com predomínio de eucalipto. Os três municípios fazem parte de áreas voltadas à produção de papel e celulose.
Na extração vegetal, os produtos madeireiros, que representaram 62,1% do valor de produção, registraram um recuo de 5,2% no ano. A madeira em tora – principal participação no valor de produção do grupo – teve redução de 4,9% na produção e, em consequência, queda de 3,7% no valor de produção. Os produtos extrativos não-madeireiros registraram crescimento de 1,8% no valor de produção, totalizando R$ 1,6 bilhões. Entre eles, o açaí continua apresentando o maior valor de produção (R$ 592,0 milhões), com alta de 2,5% em relação a 2017. A produção de castanha-do-pará voltou a crescer em 2018, após dois anos consecutivos de queda. Os aumentos foram de 46,3% no volume e de 35,4% no valor da produção.
Por Diário Digital