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NA CINTURA: com nova lei, 70 mil donos de áreas rurais em MS podem andar armados

NA CINTURA: com nova lei, 70 mil donos de áreas rurais em MS podem andar armados

Hoje, medida permitia apenas a posse, ou seja, fazendeiros podiam ter arma, desde que guardada na sede do imóvel

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26 AGO 2019 Por Celso Bejarano, de Brasília - Top Mídia News 

Com a aprovação da lei, pela Câmara dos Deputados, que flexibiliza a posse de arma em toda a extensão da área considerada como rural, pode-se dizer, que logo após a sanção do presidente Jair Bolsonaro (PSL), ao menos 70 mil proprietários de fazendas e chácaras situadas em Mato Grosso do Sul poderão andar armados por todo o seu imóvel.

Pelas normais nacionais, hoje em dia, os donos de áreas rurais podem, somente, ter o posse da arma, isto é, manter o revólver, por exemplo, guardado em casa. Andar armado é preciso que se obtenha o porte de armas e normalmente é concedido aos profissionais da segurança, como os policiais.

Da bancada de MS, votaram sim pela mudança na lei os deputados federais Rose Modesto, Bia Cavassa e Beto Pereira, do PSDB; Fábio Trad, do PSD, e Tio Truttis, do PSL.

Nenhum parlamentar votou contra a proposta. Vander Loubet, do PT, havia viajado para evento político, Dr. Luiz Ovando, do PSL, não estava no plenário e Dagoberto Nogueira, do PDT, estava na sessão, mas, por orientação do partido, não registrou o voto.

A medida vai valer logo após a assinatura do presidente Bolsonaro, que também é favorável que o proprietário do imóvel rural circule por sua área armado.

FAVORÁVEIS

O deputado sul-mato-grossense Fábio Trad (PSD), em sua fala, favorável à ideia da posse, citou um exemplo: ele afirmou que se o dono do imóvel, enquanto estiver fazendo alguma atividade, perceber alguma movimentação de estranho, armado, teria que ligar para a polícia e aguardar pelo atendimento. Ou seja, até que o reforço policial aparecesse na fazenda, o proprietário poderia ser atacado, já que sua arma deveria estar guardada em casa.

Rose Modesto, deputada federal do PSDB-MS, afirmou que "para MS, que tem muitas propriedades rurais, o projeto é muito importante. Sabemos que há dificuldades, que as fazendas ficam isoladas, distantes uma das outras, e seus donos e empregados têm dificuldades ao buscar ajuda em eventuais assaltos, por exemplo. A polícia, infelizmente, não consegue oferecer segurança em todo o município. Há casos assim em Ribas do Rio Pardo e Aquidauana”.

O deputado federal Afonso Hamm, do PP do RS, afirmou que a proposta concordada pela maioria tem o aval do setor rural. “Nada mais justo do que permitir aos residentes rurais que mantenham arma de fogo em sua residência ou domicílio e que a lei deixe claro que residência ou domicílio consiste em toda a extensão da área do imóvel”, declarou o parlamentar à Agência Câmara.

CONTRA

A deputada federal Jandira Feghali, do PCdoB do RJ, criticou a lei aprovada: ela disse ter ouvido que há intenção de atacar os movimentos sociais. “Nós ouvimos aqui, vários argumentos, inclusive levantando que a arma é importante para o enfrentamento com o MST [Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra]. Essa arma é importante para o enfrentamento com a luta contra a reforma agrária”.

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