BR-262: trecho entre Ribas e Três Lagoas é excluído de duplicação e gera indignação
Data de Publicação: 15 de maio de 2025 08:39:00 BR-262 entre Três Lagoas e Ribas ficará sem duplicação em novo pacote de concessões
Ana Cristina Santos/RCN67
Apesar de prometer melhorias em mais de 870 quilômetros de rodovias e envolver investimentos superiores a R$ 10 bilhões, a nova concessão da chamada Rota da Celulose deixou de fora um dos trechos mais estratégicos de Mato Grosso do Sul: a BR-262 entre Três Lagoas e Ribas do Rio Pardo não será duplicada. A decisão gerou reação na Câmara Municipal de Três Lagoas, especialmente diante do impacto logístico e econômico que a exclusão representa.
O contrato da nova concessão foi assinado na semana passada com o consórcio K&G, que ficará responsável por modernizar as rodovias estaduais e federais em Mato Grosso do Sul. No entanto, o trecho da BR-262 entre Três Lagoas e Ribas do Rio Pardo — por onde circula diariamente grande volume de caminhões ligados à indústria de celulose — terá apenas terceira faixa em alguns pontos, e ainda será tarifado por pedágios considerados elevados.
Durante a sessão legislativa desta terça-feira (13), o vereador Fernando Jurado usou a tribuna para expressar indignação com a exclusão da duplicação. Para ele, o trecho deveria ser tratado como prioridade absoluta, considerando o papel de Três Lagoas como polo industrial e logístico do estado.
“A gente está extremamente decepcionado com a notícia. Um projeto tão esperado, debatido com a presença do governo do Estado, agora chega com a informação de que Três Lagoas não receberá a melhor fatia. Vamos ter que pagar pedágio e, em troca, receber só terceira faixa. Isso é inaceitável”, declarou Jurado.
O parlamentar afirmou que seu gabinete estará mobilizado para levar essa reivindicação diretamente ao Governo do Estado. Segundo ele, Três Lagoas merece a duplicação completa da BR-262 até, pelo menos, próximo a Ribas do Rio Pardo.
Outro ponto criticado pelos vereadores foi o modelo de concessão adotado, que prevê pedágios altos sem garantias de contrapartidas proporcionais. Para Fernando Jurado, o projeto ignora a importância estratégica de Três Lagoas:
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