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Só em MS, desmatamento do Cerrado emitiu 3 milhões de toneladas de CO2

Só em MS, desmatamento do Cerrado emitiu 3 milhões de toneladas de CO2

Data de Publicação: 18 de setembro de 2024 12:20:00 Levantamento feito pelo Ipam (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia) foi divulgado nesta quarta-feira

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O Cerrado é um dos cinco grandes biomas do Brasil (Foto: divulgação / Imasul)

Por Viviane Oliveira - CAMPO GRANDE NEWS

De janeiro de 2023 a julho deste ano, o desmatamento no Cerrado gerou a emissão de mais de 135 milhões de toneladas de CO2. O volume corresponde a 1,5 vezes o total produzido pela indústria brasileira a cada ano. Só em Mato Grosso do Sul, foram 3,2 milhões de toneladas.

O levantamento feito pelo Ipam (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia) foi divulgado nesta quarta-feira (18). Os dados foram obtidos através do SAD Cerrado (Sistema de Alerta de Desmatamento do Cerrado), que utiliza satélites ópticos do sensor Sentinel-2, da Agência Espacial Europeia e compara imagens de áreas com um intervalo mínimo de seis meses, para observar se houve derrubada de árvores.

Segundo maior bioma do país e altamente diverso, o Cerrado é formado por três tipos de vegetação: a savânica, que predomina e foi a mais destruída no período, a florestal e a campestre. As formações savânicas do Cerrado, que compõem 62% da vegetação do bioma, responderam por 88 milhões de toneladas de CO2 (65%) emitidas no intervalo analisado. As queimadas de formações florestais geraram quase 37 milhões de toneladas, enquanto a destruição das formações campestres, que ocupam 6% da área do bioma, resultou na emissão de cerca de 10 milhões de toneladas.

O volume corresponde a 80% do total registrado no bioma e à metade do dispersado pelo setor de transportes, de acordo com o Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa.

O levantamento feito pelo Ipam (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia) foi divulgado nesta quarta-feira (18). Os dados foram obtidos através do SAD Cerrado (Sistema de Alerta de Desmatamento do Cerrado), que utiliza satélites ópticos do sensor Sentinel-2, da Agência Espacial Europeia e compara imagens de áreas com um intervalo mínimo de seis meses, para observar se houve derrubada de árvores.

Segundo maior bioma do país e altamente diverso, o Cerrado é formado por três tipos de vegetação: a savânica, que predomina e foi a mais destruída no período, a florestal e a campestre. As formações savânicas do Cerrado, que compõem 62% da vegetação do bioma, responderam por 88 milhões de toneladas de CO2 (65%) emitidas no intervalo analisado. As queimadas de formações florestais geraram quase 37 milhões de toneladas, enquanto a destruição das formações campestres, que ocupam 6% da área do bioma, resultou na emissão de cerca de 10 milhões de toneladas.

O volume corresponde a 80% do total registrado no bioma e à metade do dispersado pelo setor de transportes, de acordo com o Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa.

Importante corretor biológico entre o Cerrado e o Pantanal em Mato Grosso do Sul (Foto: divulgação / Imasul)


O Estado com o maior volume de dióxido de carbono liberado foi Tocantins, com mais de 39 milhões de toneladas. Em segundo lugar, aparece o Maranhão, com 35 milhões de toneladas de dióxido de carbono expelidas e 301 mil hectares de vegetação nativa devastada. Dentro da sigla que compreende os quatro Estados, estão Bahia, em terceira posição na lista, com 24 milhões de toneladas, e Piauí, por último, com 11 milhões.

A relação de Estados que abrangem o bioma segue com Minas Gerais (6,9 milhões), Mato Grosso (6 milhões), Goiás (5,7 milhões), Mato Grosso do Sul (3,2 milhões), Pará (1,9 milhões), Rondônia (220 mil), Distrito Federal (81 mil) e São Paulo (2 mil). No Paraná, nada foi detectado no período.  (Com informações da Agência Brasil)

Em MS -  Um importante corretor biológico entre o Cerrado e o Pantanal é o Parque Estadual das Nascentes do Rio Taquari, que se estende por uma área de 30.618 hectares abrangendo os municípios de Alcinópolis e Costa Rica, conforme o Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul).

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