A última sessão de 2023 aconteceu com o plenário quase vazio (Foto: Assessoria Câmara)

Da redação/Rio Pardo News

No apagar das luzes, durante a última sessão ordinária de 2023, realizada em 13 de dezembro, a Câmara de Ribas do Rio Pardo (MS) aprovou a LOA (Lei Orçamentária Anual) para exercício financeiro do Município em 2024.

A pedido do prefeito João Alfredo Danieze, através do Projeto de Lei 72/23, os vereadores votaram e aprovam R$ 434.940.651,94.

Se não bastasse, o vereador Christoffer Jamesson (PSC) fechou o ano legislativo dando mais uma demonstração de ‘lealdade ferrenha’ ao prefeito e, sozinho, se posicionou contrário à proposição da comissão, defendendo subemenda alterou de 5 para 10% o crédito suplementar.

A base aliada do prefeito, mais uma vez mostrou força e união na defesa dos interesses da Prefeitura e, a toque de caixa, aprovou por maioria simples a subemenda que, com os dois dígitos (10%), teoricamente elevou a autonomia de gastos do executivo para cerca de R$ 480 milhões neste ano.

No afã de darem ao prefeito, a autonomia de atuar com mais recursos miliardários, os aliados de João Alfredo ignoraram o ofício 15/2023 apresentado pelo vereador Nego da Borracharia (PSD) que, alertou para suposto erro na subemenda.

O vereador destacou o parágrafo único, do artigo 176 do Regimento Interno da Câmara mas foi ignorado. “Parágrafo único: Não haverá destaque quando se tratar da proposta orçamentária, de veto, de julgamento das contas do Executivo e em quaisquer casos em que aquela providência se revele impraticável”.

ORÇAMENTO GORDO!

Assim como nos três primeiros anos, o último ano da Gestão João Alfredo terá recursos abundantes.

O valor histórico de quase meio bilhão de reais representa um crescimento de cerca de 120% se comparado com o orçamento de 2023 que previa recursos na ordem de R$ 219 milhões. (Clique aqui e veja como foi a sessão que aprovou o Orçamento 2024)

“Beira a ilicitude essa infeliz decisão do Legislativo. Muita irresponsabilidade ‘soltar o freio’ em ano eleitoral, principalmente se tratando de uma gestão que errou por falta de planejamento em 2021, em 2022 e ainda mais em 2023 ao pedir intermináveis créditos suplementares. Com esse ‘cheque em branco’ assinado pelos vereadores, a tendência é que a Câmara tenha ainda menos força para agir, pois o prefeito tem dinheiro para gastar e, assim como fez nos três anos, não deverá se preocupar em dar explicações a quem deveria fiscalizá-lo. Em 2024, a Câmara será como A Rainha da Inglaterra’”, pontua Kleber Souza, editor-chefe do Rio Pardo News.