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Produtividade do milho em MS sobe de 78 para 96 sacas por hectare

Produtividade do milho em MS sobe de 78 para 96 sacas por hectare

Data de Publicação: 16 de outubro de 2022 23:38:00 Saca tem sido comercializada a um preço médio de R$ 74,09 e a tendência é de valorização da commodity

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Por Elias Luz / Correio do Estado

A produtividade do milho em Mato Grosso do Sul vive um momento em que rende ‘ação de graças dos produtores rurais’ pelos resultados alcançados.

A quantidade de sacas por hectare saltou de 78 para 96 nesta última safra, que resultou numa produção de 11,4 milhões de toneladas, com uma área plantada de quase dois milhões hectares.

No quesito comercialização, 52% da safra já foi vendida a um preço médio de R$ 74,09. 

A nota técnica traz, ainda, outra observação: as condições climáticas norte-americanas têm diminuído as estimativas para a produção de milho na safra 2022/2023, prevista em 353 milhões de toneladas.

Essas perspectivas trazem um volume 7,5% inferior ao da safra 2021/2022. Por conta disso, a tendência é de que os estoques finais também deverão continuar apertados mesmo com reduções significativas do consumo interno e das exportações.

Na União Europeia, o cenário do futuro próximo também enfrenta um momento de grande adversidade climática com a seca impactando a produção do cereal.

Agora, com a safra estimada atualmente em 56 milhões de toneladas, a previsão é de uma queda de 21% frente à safra anterior.

A maior preocupação, de acordo com as informações do relatório Radar Agro do Banco Itaú, é de que não se pode descartar a hipótese da desaceleração da atividade econômica global - com especial destaque para a China – podendo ter seus efeitos sentidos também em uma revisão para baixo do crescimento projetado na relação entre consumo e importação de muitos outros países.

No Brasil, o cenário de confortável disponibilidade do grão diante da boa produção da 2ª safra deve levar as cotações locais para os níveis de paridade de exportação, o que sugere espaço limitado para quedas, principalmente diante das expectativas de preços sustentados na Bolsa de Chicago, junto com o câmbio desvalorizado.

Entretanto, no curto prazo, como ainda há 37% - em nível Brasil - do milho safrinha para ser comercializado, os preços do cereal poderão se descolar das cotações internacionais em um movimento para liberar os armazéns – no futuro bem próximo – para a chegada da soja.

Colheita mecanizada de milho em Mato Grosso do Sul - Foto: Gerson Oliveira/Correio do Estado
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