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Truculência de fiscal da Prefeitura revolta comerciantes da Aniceta

Truculência de fiscal da Prefeitura revolta comerciantes da Aniceta

Madruga fez questão de mostrar que seu estabelecimento atende todas as medidas impostas pelas autoridades.

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Comerciantes da Rua Aniceta Rodrigues de Souza, às margens da BR-262 em Ribas do Rio Pardo (MS), classificam como truculenta a abordagem de um fiscal da Prefeitura, durante fiscalização do Decreto Municipal que visa a prevenção e combate ao novo coronavírus.

Por volta das 11h desta segunda-feira, 1 de junho, Mauro Maurício da Costa, popularmente conhecido como ‘Madruga’, ficou revoltado com o tratamento do fiscal em seu restaurante.

“Eles não têm educação pra falar com a gente, trata a gente igual cachorro e não deixa a gente trabalhar”, reclamou, se dizendo perseguido e vítima de uma notificação ‘sem pé e sem cabeça’.

Madruga fez questão de mostrar que seu estabelecimento atende todas as medidas impostas pelas autoridades. O restaurante possui cartazes alertando sobre o uso obrigatório de máscara, distanciamento e a proibição de aglomeração.

O RESTAURANTE DO MADRUGA, OK!

Na entrada do estabelecimento, álcool 70º em spray e as mesas foram reduzidas para respeitar o espaçamento determinado. “Queria que deixassem a gente trabalhar. Tenho luz pra pagar, aluguel pra pagar, só que não tá tendo condições de trabalhar desse jeito”.

Os comerciantes da rua Aniceta, também alegam que são perseguidos por fiscalizações rigorosas que não acontecem com a mesma intensidade em outros pontos da cidade.       

“Quero que eles respeitem os comerciantes. Tenho dez anos que tenho comércio aqui. Eles estão tratando nós aqui da Aniceta igual cachorro. Os comércios no centro tem mesa tudo na varanda, na calçada. Por que só nós aqui?”, questionou.

A POUSADA DA DENISE

Outra comerciante, a Denise da Pousada Renascer, também reprovou a atuação do fiscal. Ela tem consciência e respeita todas a medidas impostas pelo Decreto. “Eles têm que fiscalizar a cidade inteira, não só alguns comércios”.

Denise Maria dos Santos Alves conta ainda que perdeu a mãe recentemente para a Covid-19. “A doença não é brincadeira, existe e é séria, precisamos se cuidar e aqui no meu comércio, todos nós estamos tendo os cuidados que a lei pede, esse fiscal não pode fazer isso”.

A dona da pousada está preocupada com as contas que não param de chegar.  "Meu aluguel e três talões de luz estão em atraso. Precisamos trabalhar, as contas contas não esperam, não param de chegar".  Ela registrou em forma de denúncia, comércios no centro da cidade que também estão utilizando mesas e cadeiras na calçada. Assista o vídeo abaixo.

Paula e Thaís também presenciaram a atuação do fiscal e ficaram inconformadas.

“Quando Jedey (fiscal) chegou aqui, o Jedey foi muito grosseiro. Não mediu um minuto as palavras pra falar com ninguém que estava no local. Não havia necessidade nenhuma de pedir reforço da Polícia”, disse Paula.

Indignada, ela  procurou a Secretaria Municipal de Saúde. “Procurei a secretária para deixar a par do profissional, do que ele está fazendo com os comerciantes da Aniceta”, contou.

Dizendo que vai registrar Boletim de Ocorrência na Polícia, Paula, mostrou o depoimento colhido pela secretária de Saúde. “Prossigo com esse depoimento pra delegacia. Fui repudiada e agredida com palavras”, pontuou.

Se dizendo mãe de família, Paula foi às lágrimas declarando que não tinha nenhuma arma e nem estava alcoolizada. “Pra que o senhor não diga hoje ou amanhã que eu estava bêbada, eu vim atrás de um pacote de arroz emprestado, pra ser tratado da forma com que o senhor me tratou, na frente de todo mundo que estava aqui, pela segunda vez”.

Thais endossou o depoimento de Paula. “Ele chegou falando com a gente como se fosse um parente dele, um filho dele, chegou grosso falando com a gente. Eu falei pro policial que ele precisa ser mais educado, ele é muito sem educação”. Assista, na íntegra, o desabafo das duas mulheres: 

Por Kleber Souza/Rio Pardo News em 1 de junho de 2020

 

 

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