Aparentemente tenso e de testa franzida, mas se dizendo de consciência tranquila, o prefeito de Ribas do Rio Pardo (MS), Paulo Tucura (DEM), quebrou o silêncio e falou publicamente pela primeira da operação deflagrada pelo Gaeco nesta terça-feira, dia 12.

Se dizendo perseguido por pessoas de índole duvidosa, classificou que a demissão de alguns servidores pode ter desencadeado a investigação do Ministério Público Estadual que já dura mais de dois anos.

“E as vezes quando a gente tem o coração muito bom e não pune as pessoas no momento exato, você pode pagar o preço depois”, pontou.

Em entrevista ao site Portal Conexão MS, de forma confusa e desconexa, o prefeito disse que é importante dizer para a população que, da forma que está a legislação, dificilmente pessoas de bem vão colocar o nome à disposição da população “por que jamais alguém vai querer passar pelo que eu estou passando nesses quatro anos”.

O prefeito revelou ainda que não houve apreensão de dinheiro em espécie nas repartições públicas e em sua casa. Continuou dizendo que demitiu quando soube de irregularidades e não ter o rabo preso.

Classificou como sendo muito difícil falar do futuro neste momento e condenou o julgamento precoce de parte da mídia e da população. “Quando a oposição trabalha no intuito de te prejudicar, é muito difícil você conduzir”, reclamou. E segundo o prefeito, a população não consegue perceber a oposição “travando” o município.

Tucura encerrou dizendo que não quer se transformar em vítima, está de cabeça erguida, sabe que não deve nada, sabe que não compartilhou com nada, tomou as atitudes e sabe que vai provar a sua inocência.

Em tom de despedida disse que fez o melhor e o que poderia ter feito por este município. “Se Deus quiser esse município vai ser um dos maiores potenciais econômicos deste Estado”, encerrou.

Nesta quinta-feira, dia 14, o prefeito manteve o discurso durante entrevistas ao vivo nas rádios locais. 

Por Kleber Souza/Rio Pardo News em 13 de maio de 2020