Ao Rio Pardo News, o engenheiro Nilson confirmou que existe a possibilidade de participar das eleições municipais deste ano. “Então, estamos trabalhando com essa possibilidade, a princípio estou assumindo a coordenação”, disse.

Questionado sobre a decisão de deixar o cargo, Nilson atribuiu a saída a “decisão de grupo”. A manobra “vai-e-volta” da Gestão Tucura é um drible clássico na legislação eleitoral que tenta, com a desincompatibilização, evitar que um candidato faça uso político do cargo.  

O agente público, ordenador de despesas, deve se afastar, definitiva ou provisoriamente, seis meses antes do pleito. Diretores e assessores, não ordenadores de despesas, devem deixar o cargo, apenas três meses antes do 4 de outubro.

Como secretário, Nilson tinha uma remuneração de R$ 5.700,00. Como Assessor I, o valor é de quase R$ 4.000,00. O ex-secretário de Juventude, Jonas Kuka, não teve o mesmo tratamento. Ele deixou o cargo em 31 de março, mas não foi nomeado para outro cargo menos expressivo.

Em fevereiro deste ano, Nilson disse durante a 1ª sessão ordinária na Câmara que não recuaria do cargo de Secretário. “Estarei prefeito contigo, até dia 31 de dezembro, quando encerra o nosso mandato. Se Deus abençoar lá na frente que você esteja assumindo novamente a pasta (prefeitura), deixo aqui, não conte comigo, vou encerrar a minha área na administração pública, porque me sinto que já contribuí bastante. Aceitei esse desafio, mas que fique registrado, que não voltarei mais a ocupar a pasta da Secretaria de Obras”, disse.

Por Kleber Souza em 8 de abril de 2020