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Devanir: um Homem trabalhador, de paz, de bem, querido por todos!

Devanir: um Homem trabalhador, de paz, de bem, querido por todos!

Data de Publicação: 14 de junho de 2024 09:37:00 Texto de Adriano Aparecido Nogueira

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Por Adriano Aparecido Nogueira 

O dia começa com orações e desejos que o taxista esteja bem. A fé, os pensamentos positivos e a esperança residem nos corações dos rio-pardenses nesta manhã de quinta-feira, 13 de junho de 2024. Solzinho gostoso vem aparecendo. Estação outono com temperatura de inverno. Os ipês-rosas, floridos e lindos, embelezam a paisagem da cidade.

Não demorou muito e, repentinamente, fomos mergulhados em uma profunda tristeza. Os diários informativos divulgaram a notícia de que foi encontrado, sem vida, o senhor Devanir da Silva, o motorista de táxi que estava desaparecido.

Velozmente a cor verde, que simboliza a confiança foi, a contragosto, com um nó amargo na garganta, substituída pelo luto.

O corpo do pioneiro a trabalhar como mototaxista e, agora, como um dos primeiros taxistas legalizados no município, foi localizado nas proximidades do bairro Altos do Estoril. 

A agonia da espera, a aflição por falta de respostas, o não saber o que estava acontecendo ou aonde estava o Devanir, com a morte, infelizmente, deram lugar aos sentimentos de sofrimentos como a dor, a tristeza, as lágrimas, a melancolia e a saudade.

Com toda a certeza a cidade de Ribas do Rio Pardo sente muito a perda deste filho querido. Devanir da Silva Santos era um amigo, gente boa, sempre tranquilo. Um homem trabalhador, de paz, de bem, querido por todos. 

A perda se torna maior, mais dolorosa e mais sentimental devido a passagem dele acontecer de maneira cruel, brutal, desnecessária e desumana. 

O roubo do dinheiro, do veículo, não era o suficiente? Por que tiraram a vida do taxista? Tamanha judiação que deixa todos indignados e com sede de justiça.

Os comentários nas rodas de amigos, as conversas nos locais de trabalho, nas residências, nas ruas, a comoção e a amargura da população revelam o quanto o povo gostava do taxista Devanir. Os rostos, as feições, os gestos externam o quanto o povo está abalado.

A arquitetura do plano, a ousadia dos criminosos, a tão frágil segurança aos cidadãos, a impunidade que toma conta deste país, a loucura dissimulada na mente, a ambição pelo dinheiro, impulsionados pelo capitalismo, contribuíram para criar um cenário desolador em uma pequena cidade interiorana.

Estado emocional sem poder descrever a dimensão, algo inexplicável. Tal como o sentimento dos pais que experimentam a partida prematura de um filho, quando um irmão perde um irmão, ou ainda, momento em que um filho enterra sua mãe ou o seu pai. Lacuna na vida da família, dos familiares e dos amigos próximos que, talvez, o tempo possa amenizar, contudo, nunca preenchido. 

Três indivíduos vieram como milhares de pessoas de todo o lugar do mundo para a nossa cidade. Terra promissora. Progresso, economia forte, negócios, oportunidades e trabalho. Mas eles não vieram para trabalhar como muitos, vieram sim, para roubar e matar. Na Sagrada Escritura, no Livro de João 10:10 Jesus Cristo disse que “o ladrão não vem senão para roubar, matar e destruir”. 

O diabo, com o seu mal, nos visitou temporariamente. Três homens inescrupulosos tiraram a vida de um homem bom. O resultado: um trio preso, um homem morto inocentemente e uma cidade vestida de luto.

Devanir da Silva Santos vai fazer a sua última “corrida”. O trajeto é o destino de todos nós, o prolongamento da rua Filadelfo Alves, no bairro São Sebastião com destino à morada eterna. Sem dúvida vai ser conduzido calmamente pela estrada de chão, acompanhado por seus colegas de trabalho - mototaxistas e taxistas - familiares e clientes, que ao som das buzinas, manifestarão o adeus. Siga em paz, taxista Devanir!

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