Por: Julisandy Ferreira e Suzi Jarde 

A indústria de Mato Grosso do Sul gerou mais de 9,5 mil vagas de emprego, entre janeiro e julho de 2023. Os dados, são do levantamento do Radar Industrial Fiems, que contabiliza 9.541 vagas abertas pela indústria, resultante de 60.641 contratações e 51.100 demissões, alcançando uma participação de 35% do total de vagas abertas no Estado, no período indicado. Dentre as cidades, o saldo positivo de geração de empregos está entre Ribas do Rio Pardo, com 3.246 vagas, Campo Grande, com 1.787 e Corumbá, com 688.

Segundo o economista chefe da Fiems, Ezequiel Resende, até julho de 2023, o cenário encontrado era de aumento na empregabilidade, já que a atividade industrial respondia por 24,3% de todo o emprego com carteira assinada existente em MS. “Até aqui, houve um aumento de 6,7% em relação ao fechamento do ano anterior, quando o contingente ficou em 142.353 funcionários”, enumerou o especialista.

Dos 79 municípios de MS, 56 registraram saldo positivo de contratação no período, proporcionando a abertura de 10.080 vagas. Somente em julho, o setor industrial foi responsável pela abertura de 525 postos de trabalho formal, enquanto as atividades que mais se destacaram foram: obras de infraestrutura, com 388 vagas, abate de bovinos, com 178 e extração de minério de ferro, com 119.

O professor de ciências econômicas, Marcio Coutinho, esclarece o que esses números representam para a economia do Estado. “A consequência desses números é a geração de renda. Isso acaba aquecendo a economia. Vale ressaltar que esse saldo, de 525, ocorrido em julho, é mais que o dobro de junho (de 242 de pessoas contratadas). Em linhas gerais, o importante é gerar emprego. Isso mostra uma retomada da economia”, acredita o especialista.

Números negativos

Em 20 municípios, as atividades industriais registraram saldo negativo, com destaque para Bataguassu, com menos 184 vagas. No município, as atividades que têm apelo mais forte quando o assunto é a empregabilidade, são: a fabricação de produtos de pastas celulósicas, papel e papelão, com -79 vagas; confecção de peças do vestuário, com menos 57, fabricação de conservas de legumes e outros vegetais, com menos 39 e a fabricação de produtos de papel para uso doméstico, com menos 35.

Fonte: | O Estado de MS – Impresso |